5 Dicas para ter uma boa Reforma

Escrito por Conselhos do Consultor

26.08.15

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4 min de leitura

A forma mais eficaz de evitar uma perda do nível de vida a que estamos habituados, nos “anos dourados” é a prevenção, prevenção essa que passa por definir uma estratégia de poupança ao longo da vida laboral, que possa resultar num complemento para a reforma.
Cada pessoa tem a sua ideia própria de uma reforma perfeita, mas um dado é certo: ninguém quer perder qualidade de vida durante os anos em que não se trabalha e se está a gozar os rendimentos amealhados durante uma vida de trabalho.
Embora seja um assunto que ninguém gosta de dedicar muito tempo a pensar, a reforma deve ser planeada. Com os problemas de sustentabilidade da Segurança Social – devido ao envelhecimento da população, em que cada vez são menos a trabalhar e mais a receber – os cidadãos verão as suas pensões diminuir ou então terão de trabalhar até mais tarde.
Conheça alguns erros que deve evitar se não quer arruinar a sua reforma.

  1. Ter o dinheiro no banco ou em casa sem estar aplicado

O esforço mensal que terá de despender para alcançar o objectivo final pretendido será menor se aplicar o dinheiro em produtos de investimento, com uma taxa de juro que permita, pelo menos, compensar a evolução da inflação. Para ter uma ideia da importância da aplicação do dinheiro, se juntar 40 euros por mês numa conta à ordem, ao final de 30 anos acumulou cerca de 15.000 euros. No entanto, se colocar esse mesmo dinheiro num produto que permita reforços mensais, e que pague uma taxa de juro bruta de 3%, no final desses 30 anos acumulou 20.000 euros. Como pode facilmente verificar neste exemplo, ficaria a ganhar cerca de 5.000 euros apenas com esta mudança.

  1. Começar a poupança tardiamente

Muitas pessoas só começam a pensar na reforma poucos anos antes de se aposentarem. Um erro comum é só se começar a pensar na reforma poucos anos antes da mesma, o que é errado, pois desta forma, o esforço mensal que terão de fazer para conseguir amealhar o suficiente para manter o estilo de vida que estão habituados, será muito superior. Por exemplo, se tiver de amealhar 20.000 euros para a reforma e apenas começar a fazê-lo 10 anos antes da data prevista, terá de poupar160 euros por mês (aplicando num produto com uma taxa de juro bruta de 1%) para conseguir atingir esse valor. Por outro lado se começar a poupar aos 25 anos, pressupondo que se reforma aos 65 anos, apenas terá de colocar de lado 35 euros, por mês (aplicados no mesmo produto com taxa bruta de 1%). Desta forma será um esforço bem menor e que conseguirá fazer de uma forma bem mais fácil.   

  1. Não pensar em quanto vai precisar na sua reforma

É impossível prever o futuro. Desta forme pense nu número que considere ser razoável para manter um bom nível de vida durante a reforma. Nestas contas deve incluir despesas como: casa, comida, automóvel, saúde – esta é muito importante, porque a factura costuma aumentar com o avançar da idade – e lazer. Faça uma estimativa de quanto irá gastar nestes itens por ano e multiplique por 20 anos (a esperança média de vida para mulheres aos 65 anos). Não se esqueça da inflação. Desta forma, poderá encontrar um valor aproximado de quanto irá necessitar para viver e calcular quanto terá de poupar por mês.

  1. Pensar que já não vai a tempo

Nunca é tarde de mais para começar a poupar, no entanto, isto pode significar que terá de cortar em algumas despesas para conseguir alcançar o objectivo. Comece por elaborar um orçamento familiar, assim que o tiver elaborado comece por analisar a coluna das despesas (que não as básicas) para ver onde é que gasta mais dinheiro e descobrir onde pode cortar, para canalizar para a poupança. Pense que é um esforço agora, que será compensado mais tarde.

  1. Estar muito endividado

Um erro primordial de quem está a preparar a sua reforma é ter um endividamento elevado. O crédito para a casa e para o carro, são normais, mas mais que isso deve ser evitado e pode arruinar as hipóteses de ter uma reforma tranquila. Deve ter sempre em atenção a regra de não ter uma taxa de esforço superior a 35% do rendimento líquido mensal, ou seja, os créditos não devem pesar mais do que 35% do que ganha. Em segundo lugar, é importante que estabeleça um plano para regularizar o pagamento de todas as dívidas que tem até à altura que pretende aposentar-se. Quanto menos tiver que pagar na sua reforma, melhor será a qualidade de vida.

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